Num recente sonho e após ter adormecido com uma noticia perturbadora sobre o futuro de Paul, o Polvo perito em futebol, que vê a sua existência como maior especialista em futebol conhecido no planeta ser ameaçada pelas mais diversas receitas culinárias para a confecção de moluscos, tive uma revelação extraordinária, apenas comparável as aparições de Fátima.
Na eminencia do desapontamento provocado pela guarda de um segredo mortal que afinal já toda a gente conhecia, com aconteceu com a irmã Lúcia e o terceiro segredo, deixo aqui as minhas revelações.
Fui assaltado por uma imagem na escuridão. Não era uma imagem qualquer, mas sim um molusco, que mais tarde identifiquei como uma lula. A imagem brilhava de forma intensa com uma panóplia de cores que jamais tinha presenciado. Dirigiu-se a mim, com uma luminosidade ofuscante e revelou-me que se tratava de uma lula gigante, que ela e a sua confraria habita as profundezas do oceano Indico e têm uma esperança de vida que ronda os 100 anos por cada tentáculo, apenas perecendo por aborrecimento “Um aborrecimento de morte”, como me explicou.
De seguida e em tom coloquial fez-me uma revelação fantástica: Somos controlados por uma confraria de lulas almiscaradas gigantes.
O seu líder, que dá pelo nome de “Gingão”, revelou-me que possuem poderes psíquicos e que é uma brincadeira de criança controlar os seres humanos. Revelou-me que o fazem porque a vida no mar torna-se muito aborrecida, especialmente a profundidades elevadas.
“Não se consegue ver a ponta de um corno e, mesmo que se visse, nada se compara a inconsequência do ser humano, e a sua fútil capacidade criativa que é uma fonte inesgotável de entretenimento.
Nunca outra criatura conseguiria criar tanta imbecilidade de forma tão inconsequente. Por outro lado ás vezes temos sorte e surge algo que nos surpreende, o que faz com que a coisa não seja assim tão aborrecida. Depois, por muita merda que façam lá em cima, nunca terão a capacidade de destruir as profundezas oceânicas, apesar de pensarem que sim (risos), pelo que nos sentimos muito seguros. Para além disso, se existir esse risco, temos meios para lidar com o problema de forma rápida, eficaz e sem muita chatice. Basta alterar um bocadinho o clima ou pôr uns vulcõezitos em erupção, que os tipos morrem aos magotes, embora não o percebam (risos), e temos mais entretenimento garantido.” Foram estas as suas palavras.“Gingão” fez então uma pausa, arrotou de forma exuberante, cuspiu uma cabeça de peixe nas profundezas oceânicas e mudou de côr.
Fiquei espantado com esta revelação. Afinal não era o Obama, o Barroso, o Bilderberg, os banqueiros judeus, ou mesmo uma entidade divina mas sim um cardume de moluscos na obscuridade das profundezas oceânicas que se diverte com o comportamento humano.
Quando ainda recuperava do choque, Gingão mudou de côr 3 vezes e desapareceu na escuridão das profundezas. Fiquei com a certeza de que voltaria novamente num futuro próximo para novas revelações.
Acordei sobressaltado e apressei-me a examinar cuidadosamente o maço de cigarros que ando a fumar. Não encontrei qualquer indicio de ilegalidade. Depois disso, deitei-me novamente e não me lembro com o que terei sonhado. :)
domingo, 25 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
O Polvo
Nos últimos dias do Mundial presenciei estupefacto o polvo Paul como noticia de abertura de grande parte dos serviços noticiosos. A tentacular criatura acertou totalmente nos resultados dos jogos do mundial.
Lamento-me de não ter o vicio do jogo e não ser particularmente crente em poderes sobrenaturais de moluscos, caso contrário, tinha posto o meu dinheiro todo no polvo e tinha ganho uma pipa de massa com a qual poderia alimentar-me alegremente dessas e de outras iguarias, marinhas ou não. Na véspera da final, no entanto, uma duvida surgiu. Um periquito verde em Singapura discordava da sabedoria do molusco e apontava a Holanda como vencedora do Mundial. Talvez isso me tenha impedido de ir a correr colocar as minhas apostas. Fiquei confuso. Não sabia em quem acreditar, se no polvo ou no periquito.
Na verdade não percebo muito de futebol e na incapacidade de compreender os argumentos dos peritos não consegui depositar a minha confiança em nenhum deles. O periquito era engraçado, verde e pequenino, daqueles que têm o bico vermelho, mas depois, os polvos, sempre me fascinaram um bocado. Os chocos também. Se tivesse a opinião de um choco de certeza teria depositado as minhas esperanças e economias neste.
Não deixo de achar fascinante que um molusco, devido ao facto de adivinhar os resultados da bola, tenha mais tempo de antena que um qualquer dirigente politico com capacidade de condicionar seriamente as nossas vidas. De facto, após o Paul ter decidido o vencedor do mundial, várias pessoas apostaram as suas economias segundo a opinião do reputado molusco.
As perguntas assalta-me em catadupa. Se o José Sócrates acertasse nos resultados da bola, será que apostávamos nele? E se um partido de moluscos videntes futebolísticos se candidatasse a uma qualquer eleição, será que ganhava? E Se em vez do Carlos Queiroz tivéssemos apostado num molusco para treinar a selecção, teríamos ganho o campeonato? E o Mourinho, será que larga tinta? E as ameijoas, será que percebem da bolsa?
Nunca saberei a resposta de algumas destas perguntas, no entanto assisto a tudo isto com a certeza de que, entre hominídeos e moluscos, eu aposto nos moluscos. :)
Lamento-me de não ter o vicio do jogo e não ser particularmente crente em poderes sobrenaturais de moluscos, caso contrário, tinha posto o meu dinheiro todo no polvo e tinha ganho uma pipa de massa com a qual poderia alimentar-me alegremente dessas e de outras iguarias, marinhas ou não. Na véspera da final, no entanto, uma duvida surgiu. Um periquito verde em Singapura discordava da sabedoria do molusco e apontava a Holanda como vencedora do Mundial. Talvez isso me tenha impedido de ir a correr colocar as minhas apostas. Fiquei confuso. Não sabia em quem acreditar, se no polvo ou no periquito.
Na verdade não percebo muito de futebol e na incapacidade de compreender os argumentos dos peritos não consegui depositar a minha confiança em nenhum deles. O periquito era engraçado, verde e pequenino, daqueles que têm o bico vermelho, mas depois, os polvos, sempre me fascinaram um bocado. Os chocos também. Se tivesse a opinião de um choco de certeza teria depositado as minhas esperanças e economias neste.
Não deixo de achar fascinante que um molusco, devido ao facto de adivinhar os resultados da bola, tenha mais tempo de antena que um qualquer dirigente politico com capacidade de condicionar seriamente as nossas vidas. De facto, após o Paul ter decidido o vencedor do mundial, várias pessoas apostaram as suas economias segundo a opinião do reputado molusco.
As perguntas assalta-me em catadupa. Se o José Sócrates acertasse nos resultados da bola, será que apostávamos nele? E se um partido de moluscos videntes futebolísticos se candidatasse a uma qualquer eleição, será que ganhava? E Se em vez do Carlos Queiroz tivéssemos apostado num molusco para treinar a selecção, teríamos ganho o campeonato? E o Mourinho, será que larga tinta? E as ameijoas, será que percebem da bolsa?
Nunca saberei a resposta de algumas destas perguntas, no entanto assisto a tudo isto com a certeza de que, entre hominídeos e moluscos, eu aposto nos moluscos. :)
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